érica magalhães


muriaé, mg, 1984. vive e trabalha em ribeirão preto, sp.

Em meio a jogos de tensão e equilíbrio, Érica Magalhães parte de ideias e materiais antagônicos para estruturar modelos de desorganização formal e semiológica da realidade. Estabelecendo diálogos com a história colonial brasileira e a história da arte e da arquitetura modernas, a artista tensiona desde convenções artísticas e culturais reiteradas por esses momentos históricos até violências e modelos de opressão instaurados pelos programas modernistas. Ao inverter, em suas obras, as relações de equilíbrio entre os objetos, a artista complexifica as relações perceptivas do espectador. O peso da pedra, transforma-se em leveza; o vergalhão de ferro, conhecido por sua aptidão em sustentar o concreto e erguer arranha-céus, fica suspenso ao ar sob o amparo de blocos de pedra e delicadas porcelanas. Desencontrados das suas funções, os objetos assumem um tipo dissidência que complexifica e desconfia do binômio utilidade/inutilidade. O campo de quebra iminente em que vivem os trabalhos repele noções de eternidade da obra e coloca em xeque ascendências idealizantes. Embaralhando os conceitos e as expectativas, Érica busca a possibilidade de uma vida menos normatizada, de determinações menos enrijecidas.

Mestre e graduada em Artes Visuais pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), já participou de exposições como ‘Oposto complementar’ (Aura Galeria, SP), ‘Vozes Agudas’ (Galeria Jaqueline Martins, SP), ‘Casa Carioca’ (Museu de Arte do Rio, RJ), ‘Minúsculas’ (Centro de Artes Calouste Gulbenkian, RJ), ‘À Construção’ (Solar dos Abacaxis, RJ), ‘Esqueleto’ (Paço Imperial, RJ), ‘Formação’ (Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica), dentre outras.


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