rio de janeiro, rj, 1983. vive e trabalha no rio de janeiro, rj.
A produção de Marcela Crosman (1983, Rio de Janeiro/RJ) transita entre dinâmicas alternativas à realidade datificada. Com objetos tridimensionais e instalações, materializa circuitos críticos - hastes, planos e vetores moldados - que exercitam uma espécie de válvula de escape às direções indicadas por algoritmos. Ao lidar com os paralelos entre tecnologia digital e design, esboça protótipos de colaboração criativa com sistemas de Inteligência Artificial e investiga a complexidade dúbia dessa relação entre criatividade e automação. Feito máquina, a vida em um mundo dominado por certa obsessão produtivista colide em determinado tapume nivelador de produzir a existir: consente ao digital o domínio sobre o concreto. E a pesquisa de Marcela, por sua vez, parece procurar por um trato mais horizontal desse nexo. Máquina e comunicação visual são capazes de habitar conjuntamente o mundo. Se, cada vez mais, a vida migra para uma realidade ficcional, os trabalhos de Marcela parecem ainda crer em uma experiência concreta no mundo pós-digital.
Doutoranda em Artes e Design pela PUC-Rio, participou de exposições como “Futurível” (Aura Galeria, São Paulo, 2023); “Chapel of Tears” (Wilmington, Delaware/EUA, 2023); “Mátria” (Parque das Ruínas, Rio de Janeiro, 2022); “Mostra coletiva EAV” (Parque Lage, Rio de Janeiro, 2021); “Estéticas” (Parque das Ruinas, Rio de Janeiro, 2022), “Ocupação” (Casa França Brasil, Rio de Janeiro, 2019); “Imaterial” (Casa Voa, Rio de Janeiro, 2018); dentre outras. Teve, durante a edição de 2023 da ArtRio, um trabalho selecionado para compor a coleção do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA, Rio de Janeiro).