arivanio


quixelô, ce, 1993. vive e trabalha em juazeiro do norte, ce.

Arivanio trabalho com pintura e desenho. A partir da cor e de figuras sinteticamente estruturadas, aproxima-se de cosmovisões ligadas a animais e personagens do cotidiano que se estendem ao uso de suportes inusitados e de um repertório visual característico à cultura visual do Ceará nos seus variados percursos de sociabilidade. Com fundo em memórias afetivas e manobras de antropomorfização, histórias são ressignificadas à luz de dados biográficos, lembranças e fabulações que permeiam toda a formação do artista. Elucubrando encontros entre humano, bicho e vice-versa, fica aberto o vértice para uma horizontalização das vidas. Os contrastes brutos e demarcações evidentes nas expressões das figuras levam a certa atmosfera de tensão e de uma poética do instante. À temporalidade pretérita ou futura, os bichos de Arivanio parecem ainda em movimento. Entre fundos chapados e configurados por sacos de cimento, as composições se complexificam sob certa lógica aversiva a uma ideia abstrata e ideológica de "popular" e a um recorte neutro, universalizante, da história da arte.

Em diáspora e processo de retomada de identidade, Arivanio é indígena urbano Kixelô Kariri e carrega o nome ancestral Puluca Kixelô Kariri. Artista, professor e pesquisador, realizou individuais como "Ao mesmo tempo me espalho e continuo aqui" (Aura, SP) e "De corpo e alma" (SESC Iguatu, CE). Dentre as coletivas de que participou, destacam-se a 20a Mostra de Arte e Cultura (SESC Cariri, CE), a Bienal Internacional de Arte Naïf (Museu Municipal de Socorro, SP), o 7o Prêmio EDP nas Artes (Instituto Tomie Ohtake, SP), "Joias da Rainha" (São Paulo Fashion Week 2024, São Paulo), "Chão: Itinerâncias, Tempos" (Centro Cultural Banco do Nordeste, CE), "+100 = 22/Quantos patos na lagoa?" (Galeria B_arco, SP), "Oposto Complementar" (Aura, SP) e "Se arar" (Pinacoteca do Ceará, CE).

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