rio de janeiro, rj, 1983. vive e trabalha em petrópolis, rj.
Bruno Weilemann Belo se debruça sobre a investigação da pintura para explorar como as imagens se formam, se desfazem e se reorganizam. Recorrendo à referências tanto do universo da fotografia e do cinema, quanto da história social, natural e das artes, o artista combina técnicas experimentais, incorporando materiais alheios à tradição pictórica, com a subversão de métodos clássicos. Entre eles estão o underpainting e o dead layer, utilizados por mestres da antiguidade para estruturar a base de suas composições por meio de finas camadas sucessivas. Quando Weilemann reconfigura esses procedimentos, expondo partes dessas etapas estruturais, ele aproxima o público de seu processo e revela fases que, na tradição pictórica, eram ocultas.
Nos últimos anos, sua pesquisa também evoluiu para o desenvolvimento de uma técnica autoral, baseada no uso de uma tinta espessa feita a partir da emulsão entre óleo, cargas minerais e elementos coletados no Cerrado, que estendem a fisicalidade das paisagens para as telas.
Graduado em Arquitetura e Urbanismo e formado pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Bruno Weilemann Belo integrou programas orientados por Anna Bella Geiger, Fernando Cocchiarale, Glória Ferreira e Luiz Ernesto Moraes. Expõe regularmente desde 2010 e, entre as diversas mostras das quais participou, destacam-se “Debret em Questão” no Museu do Ipiranga, em São Paulo (2025); “Tecer Mundos” no SESC Quitandinha, em Petrópolis (2019); “Independent Lens” na Eric Fischl Gallery, em Phoenix, EUA (2011); “A imagem em questão” na EAV Parque Lage, no Rio de Janeiro (2014); além da individual “Visão Fontana” no Instituto Brasil-Estados Unidos, no Rio de Janeiro (2016).
Foi contemplado com prêmios como o Cultura Presente nas Redes (Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro) e o Fique em Casa com Cultura (Secretaria de Cultura de Petrópolis), e possui ainda registros de suas obras no acervo do artista Geraldo de Barros, em Genebra, Suíça.

