arivanio alves


quixelô, ce, 1993. vive e trabalha em juazeiro do norte, ce.

A produção de Arivanio Alves transita entre pintura e desenho. Com fundamento na cor e na sua reflexão sobre temas mitológicos unidos a personagens do cotidiano, o artista trabalha com suportes inusitados, como embalagens de cimento, e mobiliza um repertório visual associado ao imaginário popular de elementos como desenhos de folhetos de cordel. Por meio de memórias afetivas, Arivanio articula determinada antropomorfização de animais em suas obras e ressignifica histórias segundo dados biográficos ou fantasias que permeiam a sua imaginação. Integrando o ser-humano à vida animal e vice-versa, o artista consente um estatuto de horizontalidade hierárquica entre os dois seres. Por meio de contrastes brutos e demarcações evidentes nas expressões de seus bichos - como se as suas dores e aflições fossem dignas de uma comoção tão grande quanto as nossas -, os trabalhos assumem certa atmosfera dramática e de uma temporalidade que acontece autenticamente no presente.

Realizou individuais como Ao mesmo tempo me espalho e continuo aqui (Aura Galeria, SP) e De corpo e alma (SESC Iguatu, CE). Dentre as coletivas de que participou, destacam-se a 20a Mostra de Arte e Cultura (SESC Cariri, CE), a Bienal Internacional de Arte Naïf (Museu Municipal de Socorro, SP), o 7o Prêmio EDP nas Artes (Instituto Tomie Ohtake, SP), Chão: Itinerâncias, Tempos (Centro Cultural Banco do Nordeste, CE), +100 = 22/Quantos patos na lagoa? (Galeria B_arco, SP), Oposto Complementar (Aura Galeria, SP) e Se arar (Pinacoteca do Ceará, CE).


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