natal, rn, 1975. vive e trabalha em são paulo, sp.
Nascido em Natal, mas vivendo em São Paulo desde 2008, o trabalho de Marcelo Gandhi percorre de desenho e pintura até objeto e performance. Propondo a abstração a partir de triangulações de conceitos como os de arte sem objeto, grafismo do homem do paleolítico e anti-grafismo do homem contemporâneo, o artista desconstrói imagens por meio tanto de um uso irônico da saturação imagética característica dos mecanismos da indústria cultural e do consumo imagético contemporâneo quanto de certo aspecto randômico que ensaia uma espécie de mediação do imaginário coletivo frente a demasiados estímulos informacionais que se estabelecem na realidade pós-digital. Explorando convergências entre política, erotismo, corpo e espaço psicológico, exercita a destituição de símbolos associados à publicidade e às grandes mídias, reelaborando-os enquanto fantasmagoria e virtualização. Em detrimento do corpo neutro, Gandhi mobiliza um corpo bélico que tensiona a violência e a realidade perigosa associadas historicamente à vivência no terceiro mundo. Sempre acompanhado de determinada ambiguidade visual, reconfigura os modos de percepção do espaço com vista ao mundo dominado por algoritmos reativos a escolhas e pensamentos autônomos que habitam a realidade contemporânea.
Participou, em 2019, da exposição À Nordeste, no SESC 24 de Maio, com curadoria de Clarissa Diniz, Marcelo Campos e Bitu Cassundé, e foi, em 2006, selecionado e premiado no projeto Rumos, do Itaú Cultural, pela exposição Paradoxos, com curadoria de Lisette Lagnado e Aracy Amaral. Suas obras integram diversas coleções públicas, como a Coleção do Centro Cultural Banco do Nordeste e o Centro Cultural São Paulo (CCSP).