rommulo vieira conceição
salvador, ba,1968. vive e trabalha em porto alegre, rs.
Levando em conta o conceito de espaço físico, Rommulo Vieira Conceição problematiza as categorias de moderno e contemporâneo partindo da distinção entre espaço e lugar. Lugares são historicamente identificados segundo a atividade praticada em cada um deles. Mas, na medida em que o mundo globalizado atravessa um processo de complexificação das relações econômicas, Rommulo coloca em xeque a transformação do lugar em espaço abstrato. Se a modernidade foi dominada por uma obsessão funcional, o artista mobiliza espaços com vocação à permanência e à disfuncionalidade. São arcos que não sustentam nada, janelas que dão em lugar nenhum. O espaço é permanente, mas o tempo guarda fugacidade. Investigar o espaço público é questionar sobre quem, afinal, viveu o espaço moderno.
Mestre em poéticas visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFRGS), Rommulo foi artista participante da 35a Bienal de São Paulo e tem trabalhos em coleções públicas como as do Inhotim, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Centro Cultural de São Paulo (CCSP) e o Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC-USP). Participou de exposições dentre as quais destacam-se: "Rumos Itaú Cultural" (edição de 2006), "Agora/Ágora" (Santander Cultural de Porto Alegre, 2009, Porto Alegre), "Dos Brasis: Arte e pensamento negro" (SESC Belenzinho, 2023, São Paulo) e a 8ª e 10ª edições da Bienal do MERCOSUL. Entre 2017 e 2018, participou do "Pa-cific Standard Time: LA/LA", na exposição “Axe Bahia: The Power of Art in an Afro-Brazilian Metropolis” (Fowler Museum, 2018, Los Angeles). Foi indicado para o Prêmio Pipa (2010, 2011 e 2018) e possui diversos textos publicados por críticos como Tadeu Chiarelli, Agnaldo Farias, Angélica de Moraes e Roberto Conduru.