renan teles
são paulo, sp, 1986. vive e trabalha em são paulo, sp.
Renan Teles é artista multimídia afroindígena, de ancestralidade Xacriabá, residente em Itaquera, zona leste de São Paulo. Sua pesquisa tem na fotografia um ponto de partida, a partir do qual investiga criticamente as camadas históricas e simbólicas da representação do corpo negro e afroindígena, o erotismo racializado e a construção social da vilanização do homem negro. Dentro da variedade de soluções e suportes que lhe interessam, como pintura, fotografia, instalação e objetos têxteis, suas obras parecem responder com raciocínios intrincados. Cada uma de suas séries carrega soluções recorrentes que permitem um trânsito fluido entre as diferentes mídias, onde o suporte também integra o trabalho enquanto desdobramento conceitual. Renan é membro e um dos fundadores do Vilanismo, irmandade e coletivo de arte formado por homens negros periféricos que atuam com estratégias de sobrevivência, experimentação estética e disputa de narrativa no circuito da arte contemporânea.
Realizou exposições individuais como “Esmeraldas não é Cohab porque tem elevador” , 2021, CCSP, São Paulo/SP, “Fotografia Popular Brasileira “, 2018, Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo/SP, entre outras. Dentre as exposições coletivas, destacam-se: Prêmio EDP nas Artes, 2012, Instituto Tomie Ohtake, “Atos Modernos”, 2022, Pinacoteca de São Paulo, “Um Defeito de Cor”, 2023, Museu de Arte do Rio (MAR), 2024, Museu da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB) e Sesc Pinheiros. “Outros Navios”, 2024, Centro Cultural FIESP e “Delírio Tropical”, 2024, Pinacoteca do Ceará. Foi indicado ao Prêmio Pipa (2021) e finalista do 1º Prêmio de Fotografia Adelina Instituto (2021). Em 2024 recebeu prêmio da Magnum Foundation com o projeto Building Dignified Worlds, realizado em parceria com a FICA e o Parsons DESIS Lab, retratando experiências de moradia acessível por meio de cenas encenadas que evocam a força simbólica da coletividade.



