maria lynch


rio de janeiro, rj, 1981. vive e trabalha no rio de janeiro, rj.

A produção de Maria Lynch está associada a entrelaçamentos e desencontros entre forma, cor e desenho. Justapondo manchas, traços e campos informes de cor, a artista tensiona embaralhamentos espaciais que encontram uma espécie de atrofiamento narrativo da imagem. Em nome de uma relação expandida da obra em relação ao tableau pictórico, suas configurações estabelecem nexos arbitrários que se desenvolvem a partir de associações psíquicas do observador que, pela fisionomia lúdica e difusa das figuras, criam armadilhas visuais. Ao fundir planos e esboçar divisões tão orgânicas do espaço, a artista consente à tinta uma disposição expansiva que desmonta a possibilidade de uma representação nítida ou de uma cor denotativa. Feito uma resposta a um mundo que parece tentar se entender sem atingir clareza alguma, as soluções apelam para uma ficção radical. São, paradoxalmente, representações sem um objeto representado. Ou respostas que, só depois de finalizadas, questionam qual foi a pergunta.

Mestre em Artes Visuais pelo Chelsea College of Art and Design (Londres/EN), realizou individuais como “Torrente” (Galeria Karla Osorio, 2020, Brasília), “Le Talisman” (Galeria Baró, 2019, São Paulo), “Black Over White” (Wilding Cran Gallery, 2018, Los Angeles), “Órgãos sem corpo” (Galeria Marilia Razuk, 2012, São Paulo), “Ocupação macia” (Paço Imperial, 2012, Rio de Janeiro), dentre outras. Recebeu o Prêmio Funarte de Artes (2010) e o prêmio do Consulado do Brasil nos EUA (2014), bem como realizou residências artísticas em Nova Iorque e Lisboa. Tem trabalhos em coleções como as do Museu de Arte do Rio (MAR), do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, do Centro Cultural Candido Mendes, do Committee for Olympic Fine Arts, da Coleção Gilberto Chateubriand (MAM/RJ) e do Ministério das Relações Exteriores/Palácio do Itamaraty.


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